Desde os primórdios da existência do homem é visível sua ganância, seu desejo de desafiar a tudo e a todos. Inicio essa reflexão com uma frase que me vem à cabeça:
“A maior afronta a Deus foi quando o homem e suas roupas desafiaram a Natureza”
O Homem diferente dos outros animais, ao tomar consciência das estações térmicas impostas pela natureza (inverno e verão) tomou mais um dos seus passos evolutivos, o primeiro indicio que vejo de sua ganância.
Vendo este, os invernos rigorosos que os perseguiam, rigorosos porem aceitáveis, criou a vestimenta, para desafiar a natureza em busca de seu próprio conforto, de sua própria ordem natural que ditava que o mundo deveria se adaptar a ele e não ele ao mundo, pois a ordem natural ao ver do homem não lhe valia como regra, ele nunca se acreditou como animal e sim superior a tudo e a todos, julgando poder matar então para suprir não mais suas necessidades habituais impostas pelo ID e sim iniciando sua corrida em busca do comodismo, do superficial, o supérfluo criando então Superego.
O mesmo homem num futuro distante levado pelo comodismo e conformismo esquecera-se das funções dadas por esta roupa. Levado então pela sua nova necessidade de explicar tudo, iniciou suas teorias muitas vezes sem fundamento, para não ficar no vazio de verdades criou então a idéia controversa de pudor, onde suas roupas teriam por ordem de Deus a função de esconder sua sexualidade, prendendo-nos a tabus que por vezes diminuíam sua própria necessidade de conhecimento.
Ficando tão fixada esta falsa verdade por milênios, mesmo que agora nós pudéssemos desmentir e enxergar novas linhas de realidades e verdades, não seriamos capaz de modificar o conformismo humano de não lutar pelas verdadeiras verdades, e sim aceitar as mais fáceis de deduzir. Concluindo então que estamos presos as falsas verdades que nós mesmos criamos.