sábado, 15 de outubro de 2011

Errôneo Pensamento

Como desejar e fazer a outrem o certo

Sem nem mesmo indaga-lo sobre seus desejos

E se depois de indagado, ele escolher o errado para si

E se o certo se mostra certo a esta noite a estará errado ao amanhecer

Se dor causa mais dor, qual a cura para todo mal?

A razão por dias supera a emoção, mas a razão humana é falha

Logo é tão imprudente de ser confiada quanto à emoção

A vida se mostra então um conjunto de ações que nunca poderiam ser previstas

Porem que sempre poderiam ser evitadas, ou causadas.

Há no mundo mais respostas que perguntas, comprova-se isto por esta afirmação.

Perguntas incertas levam a respostas vazias,

Que pelo menos não Partilha da logica endereçada àquela pergunta,

Partilham de uma logica que só pode ser alcançado pela reflexão,

Exercício do pensamento.

Os nossos sentidos nos dão coisas para pensar

Porem de ação nenhuma partilham, são ferramentas sensitivas,

Por vezes tão falhas que chegam a ser intuitivas

Por vezes precisas ao momento,

Fazem acreditar da possível constante exatidão de seus cálculos.

Mas voltemos a parágrafos atrás;

Se a logica humana é falha, logo também o é seu pensamento.

O pensamento seria como o lápis que escreve na folha da mente com tinta de sentidos

Cálculos de valores que nunca poderão ser precisados,

Mas ainda assim são calculados,

Dias e noites despendidos para termos certeza que não há erro no erro que cometemos

Por que isto é o que nos faz humano,

A capacidade de fazer cálculos,

Mesmo que estes em sua maioria estejam errados

sábado, 13 de agosto de 2011

Versos de uma viagem de despedida

Eu assinei com o Diabo
No meu quarto debruçado
Pois queria meu amor roubado
Deixado, perdido, cançado
Ofuscado e ainda assim amado

As circunstancias foram dadas
As ideias transformadas
já que não são inatas

Entretanto, a Michas amada
Que a anos foi roubada
Se afoga no escuro
Na dialética que ela mesma criou
Quando por própria escolha me amou

E a síndrome a isto dada
Pouco me importa!
Só quero meu amor
Que um dia me deixou
Sem nem mesmo deixar de me amar

As circunstancias nos deixaram separados
E as ideias não poderam mudar o momento trágico
De uma vitima e sequestrador apaixonados
Tão entrelaçados que nem mesmo se sabe
Quem impunha a arma,
Mas todos sentem o horror da bala
Que atravessa o peito e deixa marca

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cinzas e Tintas

Cinzas queimadas
De tarde moida
O dia acaba a acada dia
E tinta?
Pra que pinta?
Pinta o dia
Novo dia
Que um dia acaba
Acaba a cada dia
Ai a noite pinta
Pinta de tinta
A tinta do dia
Que um dia acaba
Despreocupado com o novo dia
-Então faz uma paeja maria!!!
-E esquece o pincel que pinta o dia.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dialogo com Marx contemporâneo e sua AK47

Eu não temo aqueles que me roubam porque precisam,
A estes eu tenho o melhor remedio servido em taças;
Beber do sangue daqueles que me roubam por puro egoísmo,
E deste guardarei a cabeça na janela,
Para que os outros distribuam seus aneis
Antecipando a perda de seus preciosos dedos

terça-feira, 10 de maio de 2011

Nietzshe, seu idiota, não se pode matar o que não existe


Alguns vem, outros vão
Não se para de ir
Nem mesmo de se chegar

E deus a mascar seu chiclete
Não lamenta, não chora
Pois é perfeito
Vivem em sua bendita perfeição
E nos deixa nessa maldita merda imperfeita

Sorrindo pelos que chegam
Chorando pelos que vão

Perfeito pra mim
Será aquele que extirpará minha dor
Iluminará minhas trevas
E que não seja tão narcizista
A ponto de me fazer implorar por isso

domingo, 1 de maio de 2011

Nem tudo que quer-se, pode se ter
É essa é a beleza de viver?

O sonho inalterável,
O desejo insanável
a vontade insaciável,
e o garoto inestimável

E o Homem?
Homem que não pode ser seu,
Pós ele é de todos,
Por isso contente-se apenas com a maior parte do coração dele

quarta-feira, 23 de março de 2011

Informativo de descriminação

Situação:
Uma mulher adentra no ônibus, ônibus não muito cheio, porem sem lugares para sentar.

Descrição:
Mulher negra, sem um dos dentes da frente e arcada dentaria significativamente deslocada para frente . Carrega uma criança no colo de aparentes 3 meses de vida, traja um vestido apertado (aos olhos de nossa sociedade burguesa vulgar). Importante ressaltar que aparenta uma nova gestação de similares 3 meses.

Ocorrência:
Ao entrar no ônibus anda incessantemente para traz tendo as pessoas aparentam ignorar ou mesmo desprezar sua presença. Ela acaba por se sentar pouco antes da ultima cadeira que e cedida por uma aparente jovem loira trabalhadora.

Questão:
Como pode os pré conceitos alheios cegarem a necessidade de uma mãe com sua criança no colo sentar?
A solidariedade ou comoção só é possível quando se segue os padrões minimos estipulados pelo estado ilegítimo da aparência?

Nota:
Este fato se torna cada vez mais cotidiano em nossa sociedade

Parecer:
Não nego que apesar da futura indignação no momento da ocorrência me encontrava como sujeito passivo, e devo acentuar que toda passividade é uma ação a favor da maioria. Toda via me sinto no direito de defesa argumentando que por fazer parte desta sociedade é inevitável eu partilhar dos mesmos pré conceitos, o que posso fazer é lutar contra meus pré conceitos, e só livre destes pré conceitos terei possibilidade de ajudar a outros em fazer o mesmo.



sexta-feira, 4 de março de 2011

Fumaça nos olhos


Nos bares das esquinas
Nas ruas da cidade
Cigarros a venda, não é nenhuma novidade

Entre pobres e ricos
Plebeus e fidalgos
De todos os gostos
De todos os preços
Em ilimitadas formas, a morte vem lhe buscar

Veneno do prazer
Matando lentamente
Entre jovens e adulto
Ate mesmo velhos doentes
Deixando mulheres sem utero
Fazendo homens impotentes

De fato a praga leva muitos
Não há espaço aos inocentes

A escolha não é julgavel
Pois tens o direito de gozar
Toda via não esqueças da criança
Um dia a todos ela vem findar.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Errantes construtores da sociedade


Eu prefiro errar,
Do que saber e não ter vivido.

Eu gosto do mendigo da praça,
Que sabe porque esta ali.

Eu glorifico o homem de bravura indômita,
Que compre com sua palavra.
Da palavra se vale ate a morte.

Eu amaldiçoou aquele que replica,
faz de sua falta de coragem uma massa
da qual forma um boneco.
Ser tão deformado quanto seu criador

Sobre tudo eu repudio o homem,
homem que viveu sem ter vivido.
Não se comprometeu a nenhuma razão,
E por bem nenhum feito cumpriu

Estorvo da sociedade...
É o mínimo ao que o nomearei

domingo, 30 de janeiro de 2011

A arte de se comer pipas


Elas voam e nós olhamos

Elas se exaltam e nós contemplamos

Elas batalham e nós vibramos

Elas perdem e nós comemos

Pois pipa nos alimenta

Supre como o arroz e o feijão

Aqui de pouco se tem e de pouco se vive

Já que arroz e feijão não cai do céu

Pipas comemos, pois pipa é o que temos

Nesta terra diversão vem sempre na frente

Vem mais ate mesmo que a fome de comer

Toda via vos digo que não é por opção,

Quando fome se tem não se vê nenhum grão

Aqui quando comida se tem é como chuva em sertão.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ensaio de uma viagem

Banho frio....BLAH! Ninguém merece.
O café esta frio, a água esta fria, o dia esta frio, mas mesmo entre tantos acondicionais meu coração ainda esta quente. Tomo banho frio, engulo o café frio, e dou um beijo quente em meu amor. Ao fechar a porta me lembro, do back que não fumei ontem a noite. Retorno, guardo em meu bolso e deço as escadas. Ao pé do corredor noto um lugar oportuno, acendo o back e faço de minha alegria no diurno.
Em pouco tempo chego em um ponto, lotado de pessoas com olhos tontos. Cansadas de seus dias de trabalho indesejado, do qual só fazem para poder chegar em casa e ter certeza da comida no prato.
Entro no ônibus, 393 lotado. Provavelmente veio cheio desde Bangu, não do desconhecimento de ninguém a precariedade do transporte publico. Olho a catraca, mas evito-la, fico ao lado da frente da roleta, aguardando ele esvaziar.
Chegamos a penha, engarrafamento tradicional as 7h da manhã, estranho nesta cidade é quando este trecho não esta engarrafado.
Ônibus cheio, cansado vejo um lugar para sentar na escada de apoio do cobrador. Ao sentar observo o cenário. A minha frente um rapaz atento ao ponto próximo que ira descer, ao seu lado um garoto dorme com sua mochila nos joelhos, a frente um velho dorme em um banco isolado, suas vestimentas e sua expressão não dizem nada. Eu ate mesmo acreditaria que ele pegou este ônibus só pra tirar seu cochilo da manha e curtir a viajem.