domingo, 16 de maio de 2010

Freestyle de pensamentos



Homem sim, que viveu? Talvez
Certamente nunca se arrependeu de tudo que fez
Pois as dores e magoas deram origem a alegrias,
Com isto formando o ciclo da vida,
Que é bem verdade que em nada é compreendida

Homem sim! Que agora sabe que viveu!
Infelizmente seu fim previsto agora seu deu.

Inevitável, Inadiável, Infalível, Imprevisível.
Alguns dos infindáveis “Ins” gramaticais colocados
No fim que todos acreditam que para si é impossível.

Se triste morreu eu não sei dizer,
Diga-me você, gostaria de neste momento morrer?
Nem responda, estou certo que ninguém gostaria.
Caso contrario nem começaria a exaustiva batalha da vida.

Milhões de espermatozóides lutando
Para o único óvulo disponível no momento fecundar.
Pergunto-me diante desta psicodélica cena,
Havia algum resquício de consciência já lá?
Se havia não sei, mais uma coisa direi, garra existia.
Extinto de sobrevivência que surgia,
Mesmo antes da burocrática vida.

E não só garra, digo também foco e convicção,
Afinal, entre tantos prepotentes só vence um,
Onde se tem mais de um milhão.

Com esta batalha pré-vida,
Nota-se o quanto esta essência é merecida
E me da aspas a condenar a ignorância daqueles que a deprecia

Admiro somente aquele homem que lá encima morreu
Na verdade, nem faço ideia do nome com que nasceu.

Se José, João, Joaquim ou Jonas era, já não mas me importa.
Certo estou que jaz em um caixão, do qual à vida fecha as portas.

No entanto a este amigo sem nome, devo em muito agradece.
Pois com seu falecimento e a ajuda destas rimas
Lembrarei ao mencionado espermatozóide o direito de viver.