sábado, 27 de junho de 2009

Enquanto andava como rotineiramente por suas ruas indesejadas, boas ações silenciadas o acompanhavam na calada da noite. A sua frente, multidão aguardava.
É certo se dizer que o ser humano se sente mais forte em conjunto, e por que não? dois sempre será mais do que um certo? Errado, não nesta noite, nesta noite não.
A sua frente não dois ou três mas sim dez, loginquamente treze o observavam, esperavam pelas piadas rotineiras das quais seu ser , pacifico e harmonioso engoliria com perdão, mostrando superioridade a mortalidade ali vista, necessitando infligir dor e humilhação para se sentir melhor, mais forte, mais robusto, mais importante.
Porem essa noite não, o isolamento causado por semanas, meses nem mais sei, o trazia uma necessidade de novidade, de prazer, qual quer sensação que arrebatasse o silencio que continha sua mente.
Foi quando viu-se sangue em seus olhos, talvez fosse só um copo d'gua aguentando cada respingo ate que transborda-se, talvez fosse um dia ruim, mas o importante, é que o homem da paz o homem superior, neste dia não passava de um humano desejando o superfulo, as necessidades humanas, novidade, e esta vinha com cheiro de sangue, só desejava isso, o sentia na boca como doce mel retirado da colmeia.
E foi como dito, sua típica rotina se estabelecia:
-Ei garoto do cachorro!! cuidado por onde você anda viu, ôlá pra não sair sujando tudo.
E ele não mais abaixou a cabeça, a superioridade divina, tinha sido reposta por uma selvageria, selvageria sim, mas não irracional, via-se e maldade nos seus olhos, planos maquiavelicos combinados com selvageria.
O problema dessas pessoas, é que não se lê mais o corpo como antigamente, tudo que se vê é quantidade, quantidade, quantidade, tola humanidade, acreditando que dois é mais do que um... não, não... não nesta noite.
Impôs seu queixo acima e olhou de ponta a ponta, agora via claramente, tratava-se de 11 homens e 4 mulheres, andou cada passo largo respirando um ar de superioridade que apesar de verdadeiro, nunca transpareceu, olhou a face do homem, digo menino, que ali se encontrava. Estatura mediana corpo modesto de pele clara, diria menino em corpo de homem levemente moreno de uns 70kg, que se intimidara por dois segundos, antes de se lembrar de sua vantagem numérica.

-Perdeu alguma coisa?- disse ele. De certo um covarde, seu olhar demonstravam isso, o medo que sentia da solidão que era sua vida, sendo desprezado pelo nada que era, sem duvida não faria falta ao mundo ao olhar de todos, mais ali estava, acreditando ser alguém, todos precisam sonhar, acreditar em si, ser algo, ser qualquer coisa, certo? E nisso se sustentava, se iludia acreditando fazer diferença, mentindo pra se mesmo estufava seu peito.
-Falei com você menino do cachorro... É surdo?- O rapaz agora apelidado como "menino do cachorro" nem uma palavra ditava. Fintando com olhar curto e penetrante olhos um pouco fechados, abri-os melhor e olhou da cabeça ao pés, onde neste deixou sua marca com um cuspe retirado do fundo de suas entranhas, dando as costa aguardou... desejou... sonhou as consequências.
Pois bem, seu sonho realizado, sentiu uma dor incessante na sua espinha e batendo com as palmas da mão ao chão como reflexo, caiu.
Soltou seu cachorro que em movimento sagaz derrubou 1 dos homens, as mulheres como de praxe, se aterrorizaram.
As mulheres são criaturas fortes que se escondem em faces frágeis, 1 em 10 demonstrara seu real potencial para lhe dar com problemas... infelizmente nenhuma das 4 se encaixava no perfil de coragem e por isso se mantiveram estátuas soando suas vozes gritadas como alarmes.

O garoto do cachorro?

Bem, este com um sorriso que não posso denominar como nada além de demoníaco se apega a areia do chão e o joga ao ar ferindo com leves arranhões os olhos dos rapazes ao seu redor, com 1 pedra derruba 1 dos tals sem excitar, e nisso metade dos rapazes e todas as mulheres se vê em fuga, aterrorizados com a contemplação do sangue e restos de alguém sabe-se o que que sai da cabeça do homem ferido. Outros partem para cima do garoto, o limitando de usar os braços e socando seu estômago como se faz a um saco de areia.
O "menino do cachorro" ri, na verdade gargalha! Gargalhadas ensurdecedoras e sem duvidas amedrontadoras que assusta e desarma seus atacantes, ou diria alvos?
-Muhahahahahahhaahhahhhaha
Mordendo e arrancando parte da carne de um dos seus agora alvos com caninos vorazes, parece talvez por acidente, talvez insanidade, ou pura consciência maléfica ter cortado uma das veias da qual jorra sangue em sua face, deixando então só dois de seu supostos atacantes ainda em pé.
Não sabendo se por pânico de correr ou por coragem, não bobagem! Pânico mesmo. Não a se quer como se mover um músculo ou dar as costas vendo um predador feroz prestes a lhe arrancar a vida, nada se sente a não se a angustia da inferioridade, tomando cada gota de suor como desistência, e é isso que um deles faz, ajoelhando-se ao chão pede-lhe perdão implorando por sua integridade
-PARE! POR FAVOR NÃO FAÇA NADA COMIGO!- Gritava o menino sem coragem, sem vida agora urinado, sujo e escarrado tomado ao chão e sendo então ignorado.
O garoto do cachorro parte a cima do único homem em pé fazendo lhe cair em um duvidoso acidente tomando sobre suas costas uma cone de ferro que adentra a sua espinha, chega a ser cómico, em meio a tal sanguinolência, frente a tamanha monstruosidade, seu medo lhe bolou a morte em um cone de ferro dentre suas costas cortando lhe a espinha, não a médicos ao redor, mais a uma certeza, esse garoto não mais ira andar.
Voltando sua atenção para o garoto escarrado, estupefado com a cena ocorrida em menos de 2 minutos, ele o olha com olhar de impunidade como um homem olha com nojo, porem superioridade a uma barata e novamente escarra, desta vez sobre a face do menino, seu escarro é seguido de um ignorar, um segundo de silencio onde chama seu cachorro já distante em um poste ainda a vista com um assovio .
-FIZZZZZZZZZZZZZZZTTTTTTT
O cão volta em segundos acompanhado do silencio do local, pegando a coleira estendida no chão ele da a volta, limpa o sangue sobre a face, adentra suas mão aos bolsos e se retira com seu cachorro.
Sabe ele que a morte é um presente, se comparada ao destino que a vida lhe guarda.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Quando Nietzsch chorou


O livro da vez é "Quando Nietzsche chorou".
A cada pagina que lia sobre tal ficava mais impressionado com as ideias fora de época que ele tinha, coisas de outro tempo sem duvidas ele era um homem do século XXI preso a uma época remota (passa-se na Viena do século XIX) Com as ideias dele (muitas dadas como "irreais" ate hoje) absorvi conhecimento, reflexão e ate mesmo conforto (aqueles que estão nas mesmas duvidas). Aqueles que ainda não possuem um exemplar, digo e garanto-lhes que não iram se arrepender, muitas das palavras ditas por Nietzsche ficaram guardadas em mim para todo o meu sempre.
Entre muitos, diria inúmeros trechos do livro que gostei fica uns dos mais marcantes a meu ver :

-"Não ensino, Josef, que se deve "suportar" a morte ou "aceitá-la". Isso seria trair a vida. Eis minha lição - Morra no momento certo!.... Viva enquanto VIVER!....Caso não se viva no tempo certo, então nunca se conseguirá morrer no momento certo."
-Pergunte a si mesmo, Josef, você consumiu a sua vida? Você viveu a sua vida? Ou foi VIVIDO por ela? ESCOLHEU-A ou ela escolheu
vocÊ? Amou-a? ou a lamentou? Eis o que quero dizer quando pergunto se consumiu a sua vida...Não ficar impotente lamentando a vida que nunca viveu... esta é a causa da sua angústia e frustração"

sábado, 13 de junho de 2009

Eros e Thanatos

O amor e a morte.
Eros e Thanatos.
Os extremos.
Conta a lenda que Eros adormeceu numa caverna, embriagado pelos auspícios de Hipno, o irmão de Thanatos.
Ao sonhar e relaxar, suas flechas se espalharam pela caverna, misturando-se às flechas da morte.
Ao acordar, Eros sabia quantas flechas possuía. Reunia-as, mas sem querer levou algumas pertencentes a Thanatos.
Assim, os velhos se sentem embrigados pelo amor, flechados por Eros, enquanto muitos jovens sentem a morte no coração.
Muitas vezes, o amor quando finda deixa uma sensação tal de vazio e solidão, que deve ser muito próximo daquilo que acreditamos ser a morte.
Enquanto outras vezes é preciso que a morte se estabeleça para que o amor nasça.
A passionalidade cerca os seres, todos. Não há quem nunca pensou em extremos diante de uma ameaça.
Por isso mesmo, há de morrer para que renasça o amor.

Analu Menezes

A morte exala o mais intenso dos sentimentos

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Soldado no Inverno

Queria estar ao seu lado,

Queria dar abraço apertado e beijos molhados,

Queria eu, amando você.


Mais saiba que em suas noites em pranto

Por vezes me encontro pensando em você.


Eu sei que nem tudo eu faço

Mais juro me esforço para em muito agradar.


Eu sei que não lhe entendo

Seu aperto no peito a se preocupar.


Mais, novamente lhe juro de tudo farei,

Pois quero te amor.


Estas em meus sonhos e imagens

Onde dia me faz a noite a rodar


Estas no frio da chuva

Exigindo teu seio pra me esquentar


Estas em tudo que eu faço

Em tudo que eu penso

Só penso em você!


Então saibas que assim como vós

Também penso em nós

Desejo você!


Só peço um pouco paciência

Unindo à prudência

Pois por ti irei lutar.


Farei possível impossível

Novamente em teus braços

Quero meu corpo a lhe amar.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Esperança De Um Suicida

Passo noites a pensar,

Pensar que não quero mas morrer.

Quero viver,

Quero sonhar,

Acreditar,

Acreditar que posso ser feliz,

Acreditar que o mundo não é só desespero.

Algo me da forças,

Algo me guia,

Me faz querer viver cada dia,

Novo dia,

Não vejo mais arvores, vejo vida,

Não olho mais tristeza, procuro alegria

Ainda vejo ódio, mais procuro perdão.

Quero viver!Viver cada dia!

E mesmo quando não me restar nem esperança,

Viverei!

Viverei os últimos dias.

Pipocas e Mentiras

Pois bem frizou,

Errado não sou,

Homem certo que sou,

Em mentiras não vou,

Se parar pra pensar

Não leva a nenhum lugar,


Pois bem então direi a você

Palhaço que sei que sou,

Onde essas rimas inventou,

Surgi uma ideia de ilusão,

Idiota, eu? Não!


Pois bem Pare de pensar,

Pense torto,

Pense como não se deve pensar,

Não pare, corte o estalar de dentes

Quando nada lhe restar,

Não esqueça,

Pipocas que voão sem asas

Só fazem saltar.


terça-feira, 2 de junho de 2009

Momentos Dificeis

Tenho sido alvo de falsas verdades, mais também digo que sou tolo, tenho eu andando como soldado desarmado em frente ao inimigo que aguarda e não evita o fuzilamento.
Nada mais que um suicida, tenho eu sido, pois não se deve adentrar a uma guerra, sem estar devidamente armado.
A verdade dói, e estava infligindo muita dor. Mesmo aqueles a quem não desejava, digo agora que infelizmente compreendo, só a dor da morte, a certeza que não há mais volta, me fez seguir a linha de raciocínio que sempre desejei, injusto não? A verdade só lhe é dada quando o jogo não mais tem valor.
Jogo, entre outras mil comparações a vida se resume a isso, somos colocados como peças em uma sociedade onde o melhor vence, por vezes nem todos sabem do jogo, nem mesmo os melhores.
Aqueles que sabem, conhecem as regras, acreditam que são os vitoriosos. Tolos eles, a estes não há vitoria, eles o burlão, trapaceiam, acreditão cegamente que por conhecer as regras pode muda las, pode ate mesmo criar seu próprio jogo. Mais o jogo, este imposto a todos nós, não somo nós que ditamos, somente jogamos.
Talvez, depois de conquistado o objectivo determinado, que a meu ver é a imagem, a imagem de bom moço, de exemplo, o homem que triunfa bem sucedido em sua sociedade, este possa tentar mudar as regras do jogo, as regras são mutáveis, vem sendo modificadas nos séculos antecessores, mais não o jogo este nunca muda, pois não fomos nós que criamos, somente jogamos