Triste dor do desalmado, desanimado, livre porem enjaulado.
Triste dor do solitário, que tanto quis sorri e em troca foi apedrejado
Varado por veneno de lanças invisíveis, lançadas pela sociedade
de aberrações encapuzadas que se sentem intangíveis;
Coitado diria vós, ao ouvir minha voz de angústia
Coitado diria vós, ao ouvir minha voz de agonia
Coitado diria vós, porem garanto, nada faria
Me encontro sozinho, com minhas chagas em pensamentos;
A dor patrulha minha vida para que sempre viva em tormento;
Se maldição é não sei, a meu ver não errei, que mal maior poderia
ter feito eu, somente nasci e desde que me lembro sobrevivi.
Nem chorar posso, pois minhas lacrimais secadas estão;
Choro desde que nasci, juntando dores inundaria sertões
Apenas lamento, poderia ser eu um grande homem, se não fosse um perdedor;
Marcado pela diferença, que para os homens é motivo de horror
Digo-lhe eu, agora em meu limite me encontro;
Vejo-me em terceiros fingindo tudo isto ser um conto.
Me nego a ser eu mesmo não eu poderia ser aquele velho nojento.
Que dorme sozinho na chuva ao relento;
Pobre moribundo, lamento por ti que não se nega a aceitar o jornal trazido pelo vento