Uma mulher adentra no ônibus, ônibus não muito cheio, porem sem lugares para sentar.
Descrição:
Mulher negra, sem um dos dentes da frente e arcada dentaria significativamente deslocada para frente . Carrega uma criança no colo de aparentes 3 meses de vida, traja um vestido apertado (aos olhos de nossa sociedade burguesa vulgar). Importante ressaltar que aparenta uma nova gestação de similares 3 meses.
Ocorrência:
Ao entrar no ônibus anda incessantemente para traz tendo as pessoas aparentam ignorar ou mesmo desprezar sua presença. Ela acaba por se sentar pouco antes da ultima cadeira que e cedida por uma aparente jovem loira trabalhadora.
Questão:
Como pode os pré conceitos alheios cegarem a necessidade de uma mãe com sua criança no colo sentar?
A solidariedade ou comoção só é possível quando se segue os padrões minimos estipulados pelo estado ilegítimo da aparência?
Nota:
Este fato se torna cada vez mais cotidiano em nossa sociedade
Parecer:
Não nego que apesar da futura indignação no momento da ocorrência me encontrava como sujeito passivo, e devo acentuar que toda passividade é uma ação a favor da maioria. Toda via me sinto no direito de defesa argumentando que por fazer parte desta sociedade é inevitável eu partilhar dos mesmos pré conceitos, o que posso fazer é lutar contra meus pré conceitos, e só livre destes pré conceitos terei possibilidade de ajudar a outros em fazer o mesmo.